O rei em tons de areia

“Quem creu em nossa mensagem e a quem foi revelado o braço do Senhor?
Ele cresceu diante dele como um broto tenro, e como uma raiz saída de uma terra seca. Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos.
Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima.
Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido.”

Isaías 53:1-4

O REI EM TONS DE AREIA

Isaías nos conta de alguém que não tinha beleza;

Alguém que não possuía uma pele bela como a de um bebê;

Um homem que não incitava desejo.

  “Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos” (v.2b)

Simplesmente alguém a quem ninguém queria olhar!

Sobretudo um Jesus muito diferente daquele que vemos em quadros e que ao longo dos tempos somos acostumados a reconhecer como “Cristo”. Um homem bonito, coma a pele extremamente lisa e bem cuidada, cabelos longos, tratados, um olhar um tanto afeminado, bochechas coradas e uma roupa branca e vermelha.

Que Jesus é esse?

A bíblia não nos conta assim! Estamos sendo enganados como alguém que possui a verdade na frente e não a vê pois a mentira ao lado é mais bonita, mais aceitável. E as novas gerações estão sendo criadas da mesma forma, com os mesmos costumes, seguindo os mesmos conceitos...

Jesus não veio a Terra assim!

Todas as pessoas daquela época esperava um Jesus parecido com o que nós idealizamos hoje. Um rei em trono de ouro, descendo do céu com toda pompa e glamour.

Quem sabe um cavaleiro vindo em seu cavalo branco e alado, capa vermelha, coroa com toda a sorte de pedras preciosas...

Porém:

E ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Lucas 2:7

Ele foi contraditório!

A todos que esperam um rei surreal, Ele mostrou-se acessível;

Aos que esperavam beleza extrema, mostrou-se indesejável;

A todos que esperavam um Deus, fez-se homem...

Jesus não quis cumprir expectativas. O plano era salvar não impressionar!

Não possui a mínima obrigação de se encaixar em nossos ideais, precisava cumprir os ideais de Deus e assim o fez como nenhum outro poderia fazer.

Precisou sentir na pele o desprezo, as dores, o padecer.

“Um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento.” (v.3a)

E tudo isso porquê nos amou.

“Contudo foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o Senhor faça da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor prosperará em sua mão.
Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento meu servo justo justificará a muitos, e levará a iniquidade deles.
Por isso eu lhe darei uma porção entre os grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes, porquanto ele derramou sua vida até à morte, e foi contado entre os transgressores. Pois ele carregou o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.”
Isaías 53:10-12

O seu amor é tão grande que a compreensão humana não consegue medir. O plano mirabolante da salvação foi alicerçado no amor.

Precisava fazer tudo isso, precisava sofrer tudo isso, precisava despisse da glória que o pertencia para te fazer viver.

Neste natal eu poderia escrever um post sobre: “O verdadeiro sentido do natal” ou “Quem é o verdadeiro aniversariante que merece os presentes...”

Mais precisava falar sobre Jesus, sua morte, seu sacrifício. Pois o que explica seu nascimento é o fato de que Ele precisava morrer.

Que você pense nisso...